sexta-feira, 18 de junho de 2010

África(saúde)

SAÚDE
O estudo “Situação de Meninos e Meninas na África 2008” analisa êxitos e fracassos dos governos africanos em matéria de saúde e sobrevivência da população infantil, que complementa o informe mundial realizado pelo Unicef. Os dados são impressionantes. Apenas 22% dos nascimentos do mundo ocorrem na África, mas metade dos 10 milhões de mortes de crianças no planeta a cada ano ocorrem neste continente. A África é o único continente onde esses menores morrem por doenças que podem ser evitadas e curadas.

A malaria é a causa da morte de 18% dos menores de 5 anos na África, diz o informe. As doenças que causam diarréia e pneumonia, com maior incidência nas comunidades pobres onde a infra-estrutura de saneamento é ruim e as pessoas sofrem desnutrição e estão expostas à contaminação, são responsáveis por mais de 40% das mortes de meninos e meninas, segundo o Unicef. A outra causa importante do elevado número de falecimentos é a Aids (sindrome da deficiência imunológica adquirida).

O progresso foi limitado na região da África subsaariana, disse a diretora-executiva do Unicef. Ann M. Veneman, no lançamento do estudo em Tóquio. A mortalidade infantil caiu 14% entre 1990 e 2006. a leve melhora pode ser atribuída à ampliação de programas de vacinação, ao aumento do uso de redes contra mosquitos e o fornecimento à população infantil de complementos de vitamina A. Outras iniciativas incluem incentivar a amamentação dos bebês por mais de seis meses e fornecer anti-retrovirais às mães para evitar a transmissão do vírus da deficiência imunológica humana (HIV, causador da Aids) aos seus filhos.

Em Ghana, todas as mulheres grávidas recebem complementos de ferro e ácido fólico e um tratamento para evitar a malaria. Todas as crianças entre seis meses e 5 anos recebem vacinas contra doenças infantis como sarampo e poliomielite. No Malawi, o governo ampliou sues programas de vacinação bem como o fornecimento de complementos de minerais como ferro, cobalto, cromo e cobre. As autoridades também constroem poços para facilitar o acesso à água potável das comunidades longe da infra-estrutura existente.

Cinco países da África do norte deram um grande passo na redução da mortalidade infantil, segundo o Unicef. Em Tunis, Argélia, Egito, Líbia e Marrocos os indicadores baixaram em pelo menos 45% entre 1990 e 2006. Essas nações relativamente prósperas estão n o caminho de cumprir o quarto dos oito Objetivos de desenvolvimento das Nações Unidas para o Milênio de reduzir a mortalidade de menores de 5 anos em dois terços. Os outros objetivos são reduzir a mortalidade materna em três quartos; diminuir pela metade a proporção de pessoas que vivem na indigência e sofrem fome, bem como conseguir a educação primária universal e promover a igualdade de gênero. Também combater a expansão do HIV/aids, a malaria e outras doenças; assegurar a sustentabilidade ambiental e gerar uma sociedade global para o desenvolvimento entre o Norte e o Sul até 2015, com relação aos índices de 1990.

Por outro lado, é pouco provável que a África subsaariana consiga algum dos objetivos de saúde até 2015. Toda essa região está atrasado em relação à erradicação da pobreza e das pessoas que sofrem fome, da melhoria da saúde materna e contenção da propagação do HIV. Um em cada seis menores nessa região morrerá antes de completar 5 anos de vida. O Unicef considera uma das regiões do mundo mais difícil para a sobrevivência dos menores. Na África do Sul, 250 mil menores de 15 anos são portadores do HIV, uma grande proporção em relação aos 400 mil que contraíram o vírus nessa faixa etária em todo o continente.

O fornecimento de anti-retrovirais não consegue deter a infecção de 64 mil crianças por ano neste país. As terapias com esses medicamentos reduzem a carga de HIV no organismo, retardando o avanço da doença e prolongando a vida. Na África subsaariana, a morte de menores de 5 anos aumentou 17% entre 1990 e 2006, em sua maioria atribuídas ao HIV/Aids. Na África ocidental e central houve mais pessoas sem acesso à água potável em 2004 do que em 1990. A água contaminada pode causar diarréia, desinteira e outras doenças. Mulheres, meninos e meninas que devem se deslocar para longe em busca de água correm o risco de serem atacados por bandidos. Por exemplo, no Sudão há casos de seqüestro e violações bem documentados.

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Mundial da saúde(vacina da polio)

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